domingo, 1 de agosto de 2010

CRÍTICA - Predadores

Por Guilherme Cândido

"Faz jus ao original, mas nada lhe acrescenta"


Dirigido por John McTiernan, Predador, de 1987, foi um hit cinematográfico.Seguindo uma fórmula certeira e contando com um Arnold Schwarzenneger em grande fase, o filme abocanhou fãs no mundo todo de imediato, apresentando uma criatura alienígena que mais tarde se tornaria um ícone do Cinema moderno.

Dessa vez, somos apresentados ao planeta natal da criatura.A trama central acompanha um grupo de pessoas misteriosas que só lembram de "uma luz e acordar em queda-livre", como diz um personagem.Vindos de todas as partes do mundo, eles terão de escapar o mais rápido possível, enquanto vão descobrindo os verdadeiros, e arrepiantes, motivos de estarem ali.

O produtor Robert Rodriguez procura criar uma história que se encaixe nos padrões atuais sem ignorar o que foi feito durante a franquia oitentista.Nisso, ele acerta em cheio, conseguindo a proeza de unir todas as características marcantes do original a novidades curiosas, sem decepcionar.Os fãs não ficarão perdidos, pois existem inúmeras referências aos filmes anteriores.Não se preocupe, não se trata de mais uma reimaginação.

A direção fraca do limitado Nimród Antal (Temos Vagas, Assalto ao Carro Blindado) não chega a prejudicar gravemente a história, mas aborrece pela insistência em alguns clichês.E por falar em clichês, o roteiro é fraquíssimo, e possui diversos furos, que são compensados pelas boas seqüências de ação que mantém o público com os olhos grudados na tela.A respeito do elenco, Adrien Brody, deixando seu lado dramático de lado, migrou definitivamente para o cinema de ação.Não perdeu a competência que lhe rendeu um Oscar, mas falta experiência no ramo, pois embora surja carismático, o ator não nos convence plenamente de sua posição de astro de ação.No elenco secundário, méritos para Alice Braga, carismática e convincente, que se destaca no meio de tantos estereótipos.E os efeitos especiais não decepcionam, um alívio dado o orçamento da produção.

No final das contas, o filme cumpre, com louvor, o seu propósito de divertir, rendendo bons momentos e homenageando uma das criaturas mais cultuadas da história do Cinema.Uma continuação até que não seria uma má idéia...

3 ESTRELAS (BOM)

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