É difícil desvincular um ator que interpreta um personagem Blockbuster. Robert Pattison tenta aqui desvincular-se de seu popular heterônimo Edward Cullen. No começo foi difícil não esquecer suas atuações sem expressões na saga Crepúsculo, más ao decorrer do filme fui mudando de opinião e creio que Pattison fez uma boa interpretação nesta nova empreitada de sua carreira, no drama Lembranças. A trama parecia ser um drama comum sem muito a acrescentar, más com um final extremamente surpreendente e sensacional... Torna-se um bom drama.
Tyler Hawkins, um jovem à procura de um rumo na vida antes que siga o caminho do irmão mais velho, que foi tentar trabalhar ao lado do ricaço, controlador e workaholic pai (Pierce Brosnan) em um imponente escritório de advocacia em Nova York e não agüentou. Brosnan rouba a cena do filme, fazendo a atuação mais poderosa do elenco.
Enquanto não acha o tal caminho, Tyler ajuda a cuidar de sua irmã mais nova e arranja confusões na noite da Big Apple. Em um desses dias, dá de cara com o policial pavio-curto Neil Graig (Chris Cooper), que o leva para passar a noite atrás das grades depois de uma provocação e alguns sopapos. Para Tyler, o assunto morreu ali. Para o seu companheiro de apartamento, é necessário uma desforra. É aí que entra Ally Craig (Emilie de Ravin, a Claire, de Lost), filha do sargento e colega deles na NYU, a Universidade de Nova York.
O plano: se insinuar para a menina, deixá-la apaixonada e daí usar isso ao seu favor. Como em qualquer filme romântico em que o protagonista-galã tenta fazer algo errado, é muito fácil imaginar o que vai acontecer certo? E acontece!
Fica explicito pela minha crítica que se não houvesse esse final tão surpreendente, Lembranças seria apenas um drama romântico clichê e de certa forma irritante. O único pesar para Pattison na fita é atuação de Brosnan. Em um dos poucos momentos em que sua veia dramática se faz necessária, Pattison leva um banho de Pierce Brosnan.
3 Estrelas (BOM)
Escrito Por Voder
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