Por Guilherme Cândido
Dirigido pelo especialista em efeitos especiais de filmes prestigiados como Blade Runner e Jurassic Park, Legião segue uma história um tanto curiosa: Deus perdeu a fé na humanidade, Ele então ordena que o anjo Miguel extermine os humanos.Só que Miguel ainda tem esperanças de que podemos mudar, e então se rebela, vindo à Terra e se juntando aos humanos.E é numa simples lanchonete de beira de estrada que a guerra acontece quando ele descobre que uma mulher está prestes a dar à luz e que a criança na verdade é a segunda vinda de Cristo à Terra.
E é com essa premissa que o diretor pretende entreter o público por 100 minutos.Com um orçamento limitado de 26 milhões e um roteiro fraquíssimo, Scott Stewart tenta colocar tensão em todas as cenas do filme, absolutamente todas.E, com isso, acaba simplesmente conseguindo o resultado inverso.Os efeitos visuais ao menos não decepcionam mas não vão muito além do trivial.As cenas de ação, embora eficazes, não surpreendem e nem impedem o espectador de soltar um longo bocejo.
Somado ao péssimo roteiro (também repleto de clichês) e à direção irregular, está o elenco.Com atores carismáticos como Tyrese Gibson (Corrida Mortal) e Paul Bettany (O Código DaVinci), é lamentável constatar que Stewart não soube aproveitá-los fazendo de seus respectivos personagens estereótipos batidíssimos.E há ainda a presença do veterano Dennis Quaid (Pandorum) que é terrivelmente desperdiçado em suas pouquíssimas cenas de destaque, cedendo espaço ao fraco Lucas Black (Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio).Vale destacar também a competência do diretor de inserir cenas esquisitíssimas como a do sorveteiro e a da idosa.
Resumindo: com roteiro fraquíssimo, elenco mal aproveitado, direção irregular e seqüências de ação medianas, Legião acaba sendo uma total perda de tempo e justifica plenamente a escolha das distribuidoras em lançá-lo direto em DVD no Brasil.
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