domingo, 14 de março de 2010

CRITICA - Ilha do Medo (Shutter Island)

Ilha do Medo, de Martin Scorsese. Quando se fala em Scorsese é impossível não cair no clichê de dizer que ele é sensacional. O diretor mais copiado dos cineastas americanos possui um estilo próprio de filme, com cortes rápidos entre uma câmera lenta e um zoom-in (aproximar-se com a câmera do objeto filmado) ligeiríssimo, de retratar a violência. Scorsese vê essa violência como parte do homem, e a ambição da maioria de seus filmes, de Cabo do Medo (1991) a Gangues de Nova York (2002), é entender o que há de humano nesses atos de violência. Aos 68 anos de idade o diretor realiza seu trabalho mais ousado e arriscado da carreira. Saindo da comodidade de sua filmografia de tratar brilhantemente historias de gangsterismo, dissimulação de mafiosos, sua atração pelo poder fácil e sua culpa pela recôndita pela corrupção falam de perto a ele, que lida com esses temas com absoluta perfeição. Nesta fita ele arrisca-se em um filme de suspense psicológico.

A trama é baseada no livro hormônio de Dennis Lehane, o mesmo escritor de Sobre Meninos e Lobos. O suspense psicológico é ambientado em 1952. Em formidável recriação da época, a história mostra a chegada de Chuck (Mark Ruffalo) e seu chefe, Teddy, brilhantemente interpretado por Leonardo DiCaprio , a um hospital psiquiátrico de uma ilha. Os detetives estão lá para investigar o desaparecimento de uma paciente, acusada de matar os três filhos. A estada não será das melhores. Preso no local devido a fortes temporais, os dois se deparam com pistas falas e muitos mistérios. Uma trama na qual o espectador não deve confiar em nada e em ninguém... Nem mesmo no narrador.

Eu assisti ao filme na sexta- feira á noite, a sala estava lotada, a reação do público em geral não foi muito boa, muitos quando vão assistir a um filme, não estão acostumados em pensar, ou em ver diálogos demasiadamente grandes. Preferem filmes sem conteúdo com bastante ação e cheios de clichês. Alguns se surpreenderam com o final do filme, confesso que eu não, apesar de que a cada meia hora de filme, eu pensava... Deve ser isso... Será que é isso mesmo? Scorsese foi brilhante em criar uma trama enigmática e cheia de reviravoltas... Agora resta saber se esse filme tem fôlego para brigar pelo Oscar ano que vem. Em minha opinião não, más depois de ver a academia indicar filmes regulares como Dstrito 9 e um Sonho Possível...Não sei de nada

4 Estrelas (Muito Bom)

Escrito Por Voder

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