Por Guilherme Cândido 
Muitos fãs exagerados andam por aí comentando que esse Sherlock Holmes (Interpretação carismática do talentoso Robert Downey Jr.) não é o mesmo dos livros.Mas num período onde Wolverine possui quase um metro e noventa de altura e o Coringa simplesmente assusta, seria justo adaptarem o Sherlock.E, verdade seja dita, as principais características do personagem estão ali, seja de forma direta ou indireta.A habilidade de esgrima aparece em forma de referência, por exemplo.E suas habilidades de dedução, sua principal
qualidade são a essência do personagem.
Com direção extremamente eficiente de Guy Ritchie, a trama adapta para as telas a HQ inédita de Lionel Wigram em que Lorde Blackwood (Interpretação discreta do bom Mark Strong), aparentemente detentor de poderes paranormais, aterroriza Londres com planos maléficos.E cabe ao detetive mais famoso do mundo detê-lo.Mas, paralelamente a isso, está o médico Watson (Vivido com grande talento por Jude Law) que está prestes a se tornar noivo e se mudar da Baker Street.Holmes, apegado à amizade, se opõe a idéia e começa aí uma guerra de sabotagens do relacionamento. E por falar em relacionamento, a química entre Robert Downey Jr. e Jude Law funciona perfeitamente bem, segurando o primeiro ato do filme.E essa relação de amizade tem sido interpretada erroneamente, sendo levada até como homossexual.E por falar em interpretação errônea, Rachel McAdams, que interpreta o antigo amor de Holmes, apesar de estar discreta mas eficiente, demonstra que não foi a escolha perfeita para o papel ao não conseguir transmitir a intensidade madura da personagem que aqui se transforma numa mulher de ar juvenil e insegura.Pior ainda foi a escolha de Kelly Reilly como a noiva de Watson.Artificial e sem carisma, a atriz até se esforça mas acaba terrivelmente ofuscada pelo restante do elenco.
A trama também possui deslizes, possuindo cenas desnecessárias e tendo que esconder falhas técnicas ao mostrar a recriação da Londres Vitoriana. Mas, mesmo com tropeços, o filme consegue conquistar o público já na primeira cena (embalada com uma trilha sonora inesperada mas divertidíssima, mas um acerto de Hans Zimmer).Méritos para o diretor Guy Ritchie que emprega todas as características que o consagraram, como as câmeras lentas e os efeitos de câmera.Tudo na medida certa e no tom perfeito.Ritchie, aliás, parece explorar todas as possibilidades que a tecnologia disponibiliza em termos de câmera, nos apresentando efeitos inéditos e muito interessantes.
Enfim, Sherlock Holmes é um filme adaptado a um novo público mas que consegue conservar as principais características de seus personagens.Combinado a uma direção elegante e eficiente e uma trilha genial, o filme se dá ao luxo de incluir um enorme gancho para uma continuação, tamanha a certeza de que fizeram um bom trabalho.Elementar meu caro leitor. 4 Estrelas(Muito Bom)
sábado, 9 de janeiro de 2010
CRÍTICA - Sherlock Holmes (2010)
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