segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Crítica: Avatar

Avatar, de James Cameron.Desde o megafenômeno Titanic (1997) que o diretor James Cameron não lança um filme de ficção.Esta aventura bastante fantasiosa é, portanto, a mais importante estreia comercial de 2009, a começar pelo orçamento de 310 milhões de dólares para realização, que tomou quatro anos, tornando-a a mais cara da história.Outro feito está na revolução proposta por Cameron em fazer uma animação em 3D em que se tem a percepção de um mergulho de imagens reais(você deve assistir o filme em 3D).


A trama de Avatar se passa no futuro e leva o espectador a um planeta chamado Pandora, onde os humanos estabeleceram pequenas bases militares com o objetivo de obter um valioso minério encontrado apenas naquele solo. É lá que desce Jake Sully, militar preso a uma cadeira de rodas. Sully vai fazer parte do chamado programa Avatar, que o permite assumir o corpo de um Na’Vi, espécie habitante do local, para conhecer um pouco mais sobre os nativos. Aos poucos, Sully vai entrando em contato com a cultura e se identificando com aquele povo, ao mesmo tempo em que se apaixona por uma delas. Mas quando os militares declaram guerra aos Na’Vi, Sully precisa decidir o lado no qual quer lutar.Falando nisso, a trama de Avatar, é o elo mais fraco do filme.

O enredo não prima pela originalidade, seguindo uma estrutura já vista em diversas obras, como
O Último Samurai, pelo caminho percorrido pelo herói, e Matrix e Substitutos, no que concerne o programa Avatar. Outro ponto fraco do filme e de Cameron são os diálogos nada brilhantes e aqui eles são "menos piores" que em Titanic.A trama apesar de ser o elo mais fraco do filme, oferece o necessário para que o filme atinja os objetivos propostos.

Sua mensagem ecológica chega justamente no momento em que acontece o Encontro em Copenhagen, certamente é o maior épico ecológico que o cinema já fez.Só mais tarde é que ficamos sabendo que em 2154 a Terra já esta exaurida e inabitável. Não se dá com muitos detalhes, mas o fato dos homens já destruíram o planeta, como já estão fazendo atualmente é suficiente.Da mesma forma, o roteiro ainda acha espaço para uma mensagem anti-guerra, inclusive criticando a política norte-americana, como fica claro na frase: “Enfrentaremos o terror com o terror”.Outro assunto abordado em apenas uma fala é a invasão dos Estados Unidos na Venezuela.

Voltando ao roteiro, a história apela mais vezes do que necessário para situações,nas quais os personagens são salvos de última hora por alguma intervenção.São falhas como essa que deixam Avatar um pouco abaixo da posição que a obra poderia ocupar na história do cinema.Ainda assim, é um grande filme, uma obra de incrível imaginação, cujas três horas passam a uma velocidade incrível. A riqueza nos detalhes e a grandiosidade da história são tamanhas que praticamente todas as cenas têm sua razão de existir.Uma conquista espetacular e uma experiência visual daquelas que apenas o cinema é capaz de proporcionar.
4 Estrelas(Muito Bom)
Escrito por Voder

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